TXV(*) – 26/dezembro/2020
Em seu site, a Zimbaqua mine explica porque contrata apenas mulheres. “Escolhemos empoderar as mulheres por meio da mineração porque acreditamos que há uma necessidade de mudança e inclusão.
Uma mina no Zimbábue está reescrevendo a narrativa sobre as alegações de longa data de que as mulheres não podem ser mineradoras. A mina Zimbaqua, em Karoi, localizada a 200 km a noroeste de Harare, capital do Zimbábue, é a primeira mina da África com uma força de trabalho exclusivamente feminina. O grupo de trabalho começou a ser formado em 2019 para capacitar mulheres numa indústria dominada por homens.
A mineradora exporta para a Índia e a Tailândia. A força de trabalho de 30 mulheres é responsável pela remoção de pedras preciosas água-marinha do solo. Elas também são treinadas para cortar, polir e determinar o valor do produto.
A mina foi fundada por Patrick Zindoga e Iver Rosenkrantz em sua busca por criar oportunidades de emprego sustentáveis para mulheres do Zimbábue. O cofundador Rosenkrantz disse que o projeto foi criado para ajudar as mulheres a ganhar salários decentes num ambiente seguro. Nota-se que muitas mulheres já foram forçadas a trabalhar numa mineração ilegal em Karoi para sustentar seus filhos.
“A mina ajudou 30 mulheres que lutavam para alimentar suas famílias. Todo o projeto criou uma plataforma para as mulheres trabalharem em um ambiente seguro e ganharem uma boa renda ”, disse Rosenkrantz ao Timeslive .
Por sua parte, Partick disse que queriam criar algo único na indústria de mineração, daí a ideia de trabalhar com mulheres.
“A ideia de trabalhar em parceria com as mulheres surgiu quando falamos em colmatar o fosso e o desequilíbrio no setor da mineração. Normalmente, quando você trabalha com mulheres, elas investem tempo e esforço. As mulheres também tendem a ser mais comprometidas e responsáveis porque suportam o peso da família ”.
“Enfrentamos obstáculos - principalmente a comunidade dizendo que minerar é algo que as mulheres não deveriam fazer e que elas não são fortes o suficiente. Mas lidamos com os obstáculos de frente ”, disse Zindoga.
A visão da empresa é se tornar o fornecedor líder de água-marinha de origem responsável e construir o primeiro império de mineração exclusivamente feminino do mundo. Seu objetivo é “fornecer água-marinha extraída de forma sustentável para a indústria joalheira internacional e oferecer um produto competitivo em preço e qualidade”.
Em seu site, a Zimbaqua mine explica porque contrata apenas mulheres. “Escolhemos empoderar as mulheres por meio da mineração porque acreditamos que há uma necessidade de mudança e inclusão. O desemprego nas áreas rurais do Zimbábue é um grande desafio, portanto, as oportunidades para as mulheres são muito poucas.
“Muitas de nossas funcionárias são mães solteiras que têm se esforçado para alimentar e oferecer às crianças as necessidades básicas. Estamos estabelecendo um novo padrão para a mineração e criando oportunidades para as mulheres, elevando e melhorando seus padrões de vida ”, afirma o site.
(*) Com f2fafrica
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