CHINA EXPULSA AFRICANOS DE APARTAMENTOS POR CAUSA DO CORONAVÍRUS

RDD (*)

Funcionários chineses nos últimos dias estão expulsando, de hotéis e apartamento, centenas de africanos residentes e homens de negócios do “continente negro”, acusando-os de serem portadores do novo coronavírus.

Os africanos dizem que estão apenas a ser alvos de expulsão sob o pretexto de uma campanha de testes contra a pandemia global. Alguns deles alegam que foram colocados sob quarentena forçada sem serem informados sobre os resultados dos seus testes.

Os africanos, que estão sediados na cidade de Guangzhou, no Sul da China, descreveram o desenvolvimento como sendo discriminatório. "Estão a acusar-nos de ter o vírus", disse o estudante nigeriano Tobenna Victor, citado pela BBC.

“Depois de nos terem cobrado a renda, pagamos a renda e nos expulsaram de casa. Desde ontem à noite que dormimos ao relento. Eles foram a minha casa. Disseram-me para esperar depois de 24 horas pelo resultado, [mas] depois de 24 horas ninguém me contactou", afirmou também um empresário congolês, Lunde Okulunge Isidore.

Guangzhou abriga uma das maiores comunidades africanas da China. Os comerciantes africanos, especialmente os do sector informal, compram a maior parte dos seus bens naquela, que são enviados para África.

As autoridades sanitárias locais chinesas manifestaram preocupação quanto a um possível segundo surto da covid-19 em relação ao aumento do número de casos importados.

As pessoas que viajam para Guangzhou são obrigadas a submeter-se a uma quarentena obrigatória de 14 dias como parte das medidas destinadas a impedir a propagação do coronavírus.

(*) Com Face2face