TRIPULAÇÃO CHINESA ATIRA CLANDESTINOS TANZANIANOS EM ÁGUAS COM TUBARÕES

RDD (*)

O capitão de um navio de carga da AChinese e sua tripulação lançaram dois passageiros clandestinos tanzanianos no Oceano Índico, na regiãos da África do Sul, alegando medo de contrair o novo coronavírus dos africanos.

A dupla - Hassani Rajabu, 30, e Amiri Salamu, 20 - foi resgatada ao largo da costa norte sul-africana de KwaZulu-Natal. Eles receberam apenas duas garrafas de água potável e um colete salva-vidas para nadar em segurança depois de serem atirados da embarcação, informou o New York Post.

O diretor de operações do IPPS Medical Rescue, Paul Herbst disse ao Times Live que os homens foram resgatados três dias após o calvário. Herbst deu a conhecer que eles foram severamente agredidos antes de serem jogados no mar depois que o navio deixou o porto de Durban.

A Agência de Segurança Marítima da África do Sul recebeu notícias dos passageiros clandestinos da Tanzânia por meio de rádio e confiscou o navio de 600 pés de comprimento quando atracou. O capitão e sua tripulação de seis membros então presos. Eles declararam-se culpados de tentativa de assassinato no Tribunal da Magistratura de Durban na passada quinta-feira. O capitão foi multado em 5.361 dólares e cada um dos tripulantes em 2.680 dólares.

ACUSAÇÕES DE RACISMO

Isso acontece apenas três semanas após autoridades chinesas despejarem centenas de moradores e empresários africanos de hotéis e apartamentos, em que estavam hospedados, na China acusados de terem contraído o novo coronavírus.

Os africanos dizem que eles estão sendo discriminados e maltratados sob o pretexto de uma campanha de testes para a pandemia global. Alguns deles alegam que foram colocados sob quarentena forçada sem serem informados sobre os resultados de seus testes.

Os africanos, que estão sediados na cidade de Guangzhou, no sul da China, descreveram o desenvolvimento como discriminatório. A China nega as alegações.

(*) Com agências