POLÍCIA DESMONTA TRÁFICO DE CARROS DE LUXO ROUBADOS NA FRANÇA E REVENDIDOS EM PAÍSES AFRICANOS

TXV(*) – 30/novembro/2020

As marcas preferidas da quadrilha que roubava carros na França e os revendia em paises do ocidente africano.

O esquadrão de repressão ao banditismo da Polícia Judiciária (PJ) parisiense acaba de desmantelar o tráfico internacional de modelos de automóveis sofisticados. Sete suspeitos foram indiciados. O comércio ilegal teria arrecadado pelo menos 1,6 milhão de euros e causado um prejuízo de 300 milhões de euros à seguradora francesa.

Toyota RAV4, DS 7 crossback, Peugeot 5008… Um vasto tráfego internacional de veículos de alto padrão entre a região de Paris e o continente africano acaba de ser desmontado pelos investigadores da Brigada de Repressão ao Banditismo (BRB) da polícia judiciária de Paris (PJ).

Segundo fontes policiais e judiciais, sete suspeitos de 17 a 49 anos foram indiciados nos dias 6 e 19 de novembro por "roubo em quadrilha organizada", "ocultação" e "associação criminosa com o objetivo de preparar um crime. Quatro foram presos.

A polícia do Grupo de Tráfico de Veículos Roubados da BRB estimou que o grupo roubou 58 carros de luxo entre 5 de maio e 2 de novembro. Os danos são estimados em mais de 1,6 milhões de euros .

A maioria dos carros são SUVs novos roubados no meio da rua ou em áreas residenciais da chamada Île-de-France: Paris XVI, Val-de-Marne, Seine-Saint-Denis, Yvelines, Seine-et –Marne, etc.

Depois de patrulhar durante o dia, os ladrões entravam em ação no meio da noite e devam partida nos veículos usando chaves eletrônicas falsificadas ou conectando um smartphone à tomada OBD (tomada de diagnóstico localizada em o interior da maioria dos veículos, que permite o acesso a todos os tipos de informações).

Entre os suspeitos está um funcionário da RATP até então desconhecido pelo sistema de justiça. RATP é a empresa pública autônoma dos transportes parisienses, responsável pelos transportes públicos em Paris e nos seus arredores. Ela gera o metrô, linhas de trem e a rede extensa de ônibus.

Suspeita-se que este homem da RATP, de 49 anos, de origem comoriana, tenha colocado à disposição da rede o site de uma empresa subcontratante da empresa ferroviária, especializada em painéis de sinalização.

Entre os elementos da rede traficante liderada por um homem de 25 anos de origem maliana, está um menor.

Os carros roubados eram carregados em contêineres e depois saíam de navios pelos portos de Le Havre (Seine-Maritime) ou de Antuérpia, na Bélgica, com destino a vários países africanos: Côte d’Ivore, Togo, Mali, Senegal ou Guiné.

A polícia descobriu um segundo local de carregamento de veículos de luxo em um pavilhão em Val-de-Marne. Era dirigido por um francês de 32 anos que também contrabandeava cannabis.

De todos os veículos roubados, os investigadores conseguiram interceptar 34 antes de serem transportados para a África.

(*)Com Xalimasn