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O DEBATE “TRUMP VS BIDEN” NO RINGUE DAS RELAÇÕES RACIAIS E DOS PROTESTOS “VIDAS NEGRAS IMPORTAM”

  • Foto do escritor: TXV
    TXV
  • 30 de set. de 2020
  • 3 min de leitura

TXV(*) – 30/setembro/2020

O tema das relações raciais doi dicutido calotrosamente entre Trump e Biden, como todos os outros.


A discussão sobre questões raciais - no que diz respeito a violência policial nos Estados Unidos contra negros e aos consequentes protestos do movimento BLM-Black Lives Matter (Vidas Negras Importam) – não poderia deixar de fazer parte do debate dos dois candidatos à presidente nas eleições deste ano.

O atual presidente norte-americano, Donald Trump, candidato dos republicanos, e o candidato democrata, Joe Biden, encontraram-se ontem, terça-feira (29), numa universidade em Cleveland, no primeiro de quatro grandes “vis-a-vis” previstos no percurso da campanha eleitoral.

No espaço de tempo reservado à discussão sobre questões raciais, os discursos dos dois participantes foram acalorados. Biden, que foi vice-presidente do governo de Barack Obama, chegou a tachar Donald Trump como “racista”, enquanto a republicana defendia duramente a aplicação da lei e da ordem.

As falas do democrata estavam ligadas ao fato de Trump ter se recusado a condenar os supremacistas brancos e grupos de direita que se envolveram na violência contra os manifestantes BLM.

Para Biden há "injustiça sistêmica" na aplicação da lei, mas ele também entende que a culpa reside simplesmente nas "maçãs podres" individuais que intermeiam o sistema.

“Há injustiça sistêmica neste país, na educação, no trabalho e na aplicação da lei”, disse Biden. "Mas olhe, a grande maioria dos policiais são homens e mulheres bons, decentes e honrados, eles arriscam suas vidas todos os dias para cuidar de nós. Mas existem algumas maçãs podres ... e eles têm que ser responsabilizados” - disse Biden.

Na fala do ex-vice-presidente, “este (Trump) é um presidente que usou tudo como um apito de cachorro para tentar gerar ódio racista, divisão racista". Biden argumentou que Trump "joga gasolina no fogo" para atiçar sua base nas questões raciais.

Quando Trump disse que o treinamento de sensibilidade racial da aplicação da lei era, de fato, racista, Biden rejeitou essa afirmação, acrescentando: "Ele é o racista".

O republicano martelou a sua mensagem de "lei e ordem" e aventou que o medo poderá se espalhar se o país for governado por Biden. Trump seguiu firme na sua posição, considerando que “alguém precisa fazer algo sobre a ‘antifa’ e a esquerda”.

“Antifa” é um termo diminuto de antifascismo, que tem sido associado pela extrema direita, ao ativismo social e aos movimentos políticos social-democratas, socialistas e comunistas.

"[Biden] não quer dizer 'lei e ordem' porque não pode e vai perder seus apoiadores de esquerda radical", disse Trump. E Biden respondeu que apoia "a lei e a ordem, onde as pessoas são tratadas com justiça".

Pelo que tem sido divulgado, observa-se que, nos últimos meses, Trump terá tirado aproveito do que chama de "caos" e "anarquia" em cidades administradas por democratas em todo o país. Ele tem procurado pintar protestos nacionais antirracistas e contra a brutalidade policial e o racismo, como ações ‘antifa’ para minar a aplicação da lei.

O presidente e seus aliados passaram grande parte da Convenção Nacional Republicana em agosto protestando contra a violência nas cidades estadunidenses e alegando que Trump finalmente "tornaria a América segura novamente", em caso de reeleição. Tanto Trump quanto o seu vice-presidente Mike Pence afirmaram no evento que os norte-americanos "não estarão seguros" sob a presidência de Biden.

Trump afirmou falsamente que Biden apoia a "retirada de fundos" da polícia, uma chamada de esquerda que Biden rejeitou. O presidente também tentou pintar Biden como um líder fraco que se curvaria às exigências do que o Partido Republicano chama de "turba de esquerda".

Na realidade, Biden disse repetidamente que não apoia o corte de verbas para a polícia, mas disse que condicionaria o financiamento federal para a aplicação da lei ao cumprimento de "padrões básicos mínimos de decência".

A maioria das pesquisas, desde as convenções dos dois partidos, indica que as mensagens de "lei e ordem" de Trump foram ineficazes para diminuir a vantagem de Biden. Os norte-americanos parecem confiar mais em Biden quando se trata de melhorar as relações raciais.

Biden, ecoando comentários que fez antes, condenou a violência, mas disse que apoia manifestantes pacíficos, que marcharam por todo o país às dezenas de milhares desde o assassinato de George Floyd em maio. "A violência nunca é apropriada - o protesto pacífico é", disse ele.

(*) Com businessinsider

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