INGLATERRA - MANIFESTAÇÃO ANTIRRACISTA DERRUBA ESTÁTUA DE COMERCIANTE DE ESCRAVOS DO SÉCULO 17

RDD(*) - 07/junho/2020

A estátua de um antigo mercador de escravos, Edward Colston, que estava no centro de Bristol, na Inglaterra, há 125 anos, foi derrubada por manifestantes da onda de protestos antirracistas e jogada no rio, no Porto de Bristol.

As manifestações eclodiram em resposta ao assassinato do afro-maericano George Floyd por um policial branco, em Minneapolis, Estados Unidos, no dia 25 de maio.

Para o secretário do Interior, Priti Patel, a derrubada da estátua foi "absolutamente vergonhosa", "completamente inaceitável" e um ato de "puro vandalismo". A Polícia investiga o caso para identificar os envolvidos no incidente.

"A grande maioria daqueles que vieram para expressar suas preocupações sobre a desigualdade e injustiça racial o fez de forma pacífica e respeitosa", disse o superintendente Andy Bennett."No entanto, havia um pequeno grupo de pessoas que claramente cometeram um ato de dano criminal ao derrubar uma estátua”.

O controverso memorial em bronze, feito pelo escultor John Cassidy, estava no centro de Bristol desde 1895.

Mais de 10.000 pessoas assinaram uma petição pedindo à Câmara Municipal de Bristol para que ela fosse removida.

O comerciante de escravos Edward Colston ainda é uma grande presença na cidade de seu nascimento, onde muitas escolas, prédios e instituições de caridade têm o seu nome.

ESTÁTUA PROTESTADA

Em 2018 uma exposição de arte contra a escravidão foi feita em frente esta estátua de Edward Colston ligando a história de tráfico de escravos de Bristol com a escravidão moderna. Cerca de 100 figuras humanas foram expostas deitadas diante do mercador mercador de escravos .

As figuras foram colocadas na posição como milhões africanos tinham sido forçadas a viajar a bordo de navios enviados de Bristol e de outros portos ingleses para serem transportados para plantações de propriedade de empresas de Bristol no Caribe e na América do Norte. A estátua de Edward Colston de pé representava o capitão dos navios, contemplando os corpos deitados em filas no convés diante dele.

A exposição tinha marcado o Dia Anti-Escravidão, dedicado a conscientização e campanha para acabar com a escravidão moderna no Reino Unido.

(*) Com agências