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BRASIL: MANIFESTAÇÃO ANTIRRACISTA TERMINA EM DEPREDAÇÕES E CONFRONTO COM A POLÍCIA EM CURITIBA

  • Foto do escritor: TXV
    TXV
  • 2 de jun. de 2020
  • 2 min de leitura

RDD(*) - 02/junho/2020


Uma manifestação na onda dos protestos antirracistas que eclodiram nos Estados Unidos desde a morte de George Floyd por um policial branco foi realizada no centro da cidade de Curitiba, capital do Paraná, na noite de segunda feira (1 de junho).


O evento, intitulada “Vidas Negras Importam!” (tradução do movimento norte-americano “Black Lives Matter”), foi organizado via Facebook tendo como temática a violência policial que tem como alvo a população negra. Estima-se que cerca de 1200 pessoas estiveram presentes.


Em nota, os organizadores descrevem o protesto e reafirmam o motivo: “Nossa luta é por igualdade, contra o racismo, a violência contra jovens negros nas periferias, a proliferação de grupos que propagam o ódio e o genocídio de brasileiros promovido pela falta de uma política clara de saúde durante esta pandemia”.


Entretanto, o ato que foi acompanhado pela Policia Militar terminou com alguns sinais de vandalismo e um confronto entre manifestantes e policiais.


Pedras teriam sido jogadas em agências bancárias e nas vidraças do edifício onde fica localizado o Fórum Cível. No Palácio Iguaçu, sede do Governo do Estado do Paraná, os manifestantes teriam arrancado a bandeira do Brasil, que estava hasteada em frente ao prédio e ateado fogo nela.


Em nota enviada à Gazeta do Povo, a prefeitura de Curitiba informou que houve registro de danos em algumas estações de transporte público na região do Centro Cívico e pontos de mobiliário urbano na Praça Tiradentes e na Travessa Nestor de Castro. A Polícia Militar teria respondido com balas de borracha e bombas de efeito moral.


Sobre os atos de vandalismo, os organizadores da manifestação responderam o seguinte: “Infelizmente, no final do ato, em uma dispersão de alguns poucos, houve vandalismo contra o patrimônio público. O que, ao nosso ver, é muito estranho e suspeito e representa a presença organizada de infiltrados que desejam a criminalização do movimento. O uso de força excessiva por parte da polícia demonstra também a incapacidade de diálogo e a opção pela agressão”.


Segundo o site Parágrafo 2 a manifestação foi organizada pelo Movimento Feminista de Mulheres Negras, o Bando Cultural Favelados da Rocinha FAVELA, a União da Comunidade dos Estudantes e Profissionais Haitianos( UCEPH), a J23 – Juventude do Cidadania, a Rede nenhuma Vida a Menos, Apoio do Grupo Dignidade e da Aliança Nacional LGBTI+ e Coletivo Enedina da UTFPR.


O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, na sua conta no Twitter afirmou que atos como os que aconteceram na noite desta segunda na capital paranaense são inaceitáveis, por conta da violência e depredação de patrimônios públicos. Moro alertou ainda que, ao quebrarem equipamentos públicos, "em vez de atingirem os objetivos propostos, os manifestantes violentos, mesmo minoritários, comprometem a legitimidade do movimento".


(*)Com Parágrafo2




 
 
 

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